domingo, 11 de novembro de 2012
DISCIPULADO lll
‘Conhecendo a Salvação’
‘E em nenhum outro há salvação, porque
também debaixo de céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual
devamos ser salvos’ – (Atos 4.12)
INTRODUÇÃO
Se você já aceitou Jesus Cristo como
seu Senhor e Salvador. Agora você é salvo. A salvação é a maior bênção que
o ser humano pode receber e, ao mesmo tempo, a principal experiência
espiritual. A salvação é o tema central da Bíblia. Todo o crente deve
conhecê-la bem e falar dela aos que ainda não aceitaram a Cristo, para que
também sejam salvos.
I. O QUE É A SALVAÇÃO?
A princípio, pode-se afirmar que ela é o resultado
da morte expiatória de Jesus Cristo, na cruz do calvário, que livra o homem da
condenação eterna, causada pelo pecado. Leia Efésios 1.7; 2.1. A salvação é:
I. Um ato soberano de Deus.
A salvação é um ato da soberana vontade de Deus, que em seu Filho nos
reconciliou consigo mesmo. 2 Coríntios 5.18, 19 diz: ‘E tudo isto provem de
Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério
da reconciliação; isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo,
não lhes imputando os seus pecados...’ Observe que a salvação é a demonstração
do grande amor de Deus em favor da humanidade, condenada pelo pecado. Leia
Romanos 3.10, 11, 23. Ela é oferecida a todos, sem exceção. Em Cristo, todos
podem ser salvos, libertos do pecado, tornando-se assim, filhos de Deus.
Leia João 1.12.
II. Um ato da infinita misericórdia
de Deus. Você aprendeu que a salvação é um ato
soberano do Senhor, porque só Ele pode salvar. È, Também, um ato da infinita
misericórdia de Deus, porque é dada graciosamente, mediante a fé, e não
mediante os nossos próprios méritos ou boas ações.
O próprio Criador tomou a decisão de reconciliar
consigo o homem, que, pela desobediência, havia se afastado dele, tornando-se
escravo do pecado e inimigo de quem o criara.
Você precisa saber, também, que a sua salvação
custou um alto preço: o sangue de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus (João 1.29),
imolado pelos nossos pecados, na cruz do calvário, conforme a profecia de
Isaías 53. 4-7; porém aos homens foi concedida graciosamente, segundo a
misericórdia infinita de Deus. Jamais você pagaria tal resgate para a sua
salvação, pois ela não depende de qualquer mérito humano, nem de boas obras.
Leia Efésios 2.8,9.
II.
A NECESSIDADE DA SALVAÇÃO
No tópico anterior, você aprendeu que ‘todos
pecaram’ e o salário do pecado é a morte (leia Romanos 6.23). Deste modo, todos
necessitam da salvação. Todos precisam arrepender-se dos seus pecados, confessá-los
a Deus e abandoná-los definitivamente, aceitando o Dom gratuito de Deus.
I. A origem do pecado.
Como o pecado entrou no mundo, como isto aconteceu? Em Gênesis 1.26, 27 lemos
que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança e o colocou no jardim do Éden,
para o lavrar e o guardar. Disse-lhe que todo o fruto ele podia comer,
porem, daquele da árvore do conhecimento do bem e do mal, o Senhor lhe proibiu
que provasse, pois no dia em que o comesse, certamente morreria. Tratava-se de
uma prova de obediência, e Adão devia ser fiel ao Criador. Feito à imagem e
semelhança de Deus, o homem possuía livre arbítrio. Estava capacitado a
discernir o bem e o mal, o certo e o errado; não era um robô nas mãos do
Todo-Poderoso. Obediência incondicional foi a exigência única imposta à
criatura humana. Enquanto obedecesse, viveria. Todavia, apesar de usufruir as
delícias do Éden e conviver em perfeita harmonia com o Criador, o homem,
tentado, pecou e foi destituído da glória com que fora criado, perdendo assim,
a comunhão com Deus. Como representante da raça humana, ele transmitiu a toda a
sua descendência o estigma do pecado e a condenação da morte. A desobediência
de Adão afetou toda a criação, a qual geme e chora sob o peso da maldição (leia
Gênesis 3.6, 17-19; e Romanos 8.22); nele todos pecaram, e por ele entrou a
morte no mundo. A desobediência dele originou o pecado e condenou à morte toda
a sua geração.
II. A herança do pecado.
Você aprendeu que a salvação é a obra redentora de Deus, por meio de seu Filho
Jesus Cristo, que livra o homem da condenação eterna. Noutras palavras:
salvação é a vida eterna em Cristo Jesus, visto que só ele pode salvar o homem
da condenação da morte eterna, causada pelo pecado do primeiro homem. Veja o
que diz a Bíblia: ‘Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus’
(Romanos 3.23). ‘Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado
a morte, assim também a morte passou a todos os homens; por isso, que todos
pecaram” (Romanos 5.12). Esta é uma revelação terrível! ‘A
morte passou a todos os homens...’ Deste modo, o pecado foi a herança maldita
deixada a todos os homens.
Como escapar desta condenação? Veja a importância
da salvação: você estava morto em delitos e pecados, conforme Efésios 2.1,5 e
Colossenses 2.13; e nada podia fazer para escapar do juízo divino. Porém, Deus
em seu filho o libertou da condenação da morte eterna. Leia João 5.24.
Você agora, não precisa temer o juízo final, pois
Jesus mediante a sua morte na cruz do Calvário, condenou o pecado e concedeu a
vida eterna a todos quantos nele crê. Leia Romanos 8.1. Cristo anulou, por sua
morte e ressurreição, os efeitos do pecado, que é a morte eterna. O alvo foi atingido.
III. Os efeitos do pecado.
O pecado afetou o homem nas esferas física, mental, moral e espiritual (leia
Romanos 3.10-18). Os efeitos são todos negativos. Toda causa tem as suas
conseqüências. Considere os efeitos detalhadamente:
a) a auto justificação, tipificada nas vestes de
folha de figueira, ao perceber que tinha pecado;
b) o medo. Gênesis 3.8-10 registra pela primeira
vez que a criatura, ao ouvir a voz do Criador, sentiu medo e escondeu-se;
c) a maldição sobre a terra e o trabalho, com
pesados esforços físicos e dores, todos os dias de sua vida;
d) a morte. O homem retornaria ao pó da terra, do
qual havia sido formado;
e) a expulsão do Éden, para que não comesse da
árvore da vida e vivesse eternamente no pecado;
f) a violência e o homicídio, sendo Caim o primeiro
assassino, pois matou o seu irmão Abel. Desde então, a violência tem sido
constante e a criminalidade aumenta cada vez mais;
g) a corrupção geral do gênero humano. A maldade do
homem se multiplicou por toda a terra. Não obstante o castigo de Deus, pelo
dilúvio, o homem não deixou de praticar o mal;
h) enfermidades. Isaías 1.6 fala do estado
lamentável do pecador.
III. ASPECTOS DA SALVAÇÃO
São três os aspectos da salvação:
I. Justificação. ‘Como
se justificaria o homem para com Deus?’ (Jó 9.2). O homem, morto em seus
delitos e pecados, não tinha como justificar-se perante o Todo-Poderoso. Porém,
mediante a morte expiatória e substitutiva de Jesus, tornou possível a
justificação do transgressor. Como é possível isto? Veja: justificação é um
termo judicial que lembra um tribunal, onde Deus, o supremo juiz, absolve o
pecador das suas transgressões e o declara justo, isto é, justificado. Desta
forma, Deus, o ofendido, reconcilia consigo mesmo o homem, o ofensor.
O que o homem não pôde fazer, Deus o fez por ele. A
justiça de Cristo, o justo, é concedida ao ser humano, mediante a graça divina
(Romanos 5. 17-19).
II. Regeneração. Trata-se
de uma mudança de condição: antes, no pecado, o homem era inimigo de Deus e
servo do diabo; agora, feito justo, pela justiça de Cristo que lhe foi
concedida, ele se torna membro da família divina, adotado como filho de Deus
(João 1.12).
O homem, morto em seus delitos e pecados, nasce de
novo. Este novo nascimento é efetuado pelo Espírito Santo em seu interior,
mediante o arrependimento e a fé na graça divina.
III. Santificação. Uma vez restaurado à comunhão com Deus,
o homem abandona as práticas pecaminosas do passado e separa-se (santifica-se)
para o serviço do Senhor. A santificação é um ato do Espírito Santo, no
interior do crente, que se reflete nos seus atos exteriores. Portanto,
justificação, regeneração e santificação são os três aspectos simultâneos da
salvação plena em Cristo Jesus.
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