quarta-feira, 3 de agosto de 2011

NÃO ESTOU A VENDA!

“Respondeu, porém, Nabote a Acabe: Guarde-me o Senhor de que eu te dê (venda) a herança de meus pais” (1 Reis 21.3)

Se atentamente olharmos ao nosso redor, perceberemos uma gama de propagandas oferecendo bens e serviços: são milhares de produtos à venda, própria de uma sociedade capitalista, que objetiva lucrar, lucrar e lucrar.

Por outra banda, não são somente produtos e serviços que nos são oferecidos diariamente. Pessoas são vendidas ou se vendem: vendem o corpo, a moral, a ética, o respeito, a honra, a dignidade, a fé, a alma...

Homens e mulheres que se vendem para a obtenção fácil e imediata de lucro ou simplesmente prazer: vão desde os garotos e garotas de programa, até o sexo fácil e prazeroso de uma juventude transviada que se perdeu na vida, esquecendo os valores mais importantes da vida, suas famílias e prioritariamente a Deus como Ser Criador a quem um dia prestarão contas de suas vidas vividas inconseqüentemente.

Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento; (Eclesiastes 12:1)

Maridos e/ou esposas que se vendem entregando-se a infidelidade, tornando o adultério uma prática, um ato normal na relação a dois, e, quando não aceito, é suportado dentro de um casamento artificial, mentiroso e desastroso, pois por mais que se torne aceitável, as conseqüências naturais do adultério se percebem (perceberão) a curto e em médio prazo, não somente destruindo a relação do casal, mas atingindo os filhos, a outra família envolvida, a própria sociedade, pois há sempre no final um esmigalhamento da(s) família(s), cujo prazer inicial não terá valido a pena, porque passa e dele ao longo do tempo somente lembranças restarão e muitas das vezes lembranças amargas.

Garotos e garotas ainda adolescentes que vendem sua virgindade, sua pureza em barganha de uma prazer momentâneo, por moeda ou porque todos hoje são instigados a fazerem, sob pena de não serem aceitos dentro daquele grupo ou então serem alvos de piadas e chacotas.

Pessoas vendem o respeito, a ética, moral, dignidade, caráter, para obterem melhores empregos, bons negócios, melhores salários, imóveis e tantas outras coisas perecíveis, não percebendo o tão alto valor daqueles bens imateriais em comparação a esses últimos.

Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; (Mateus 6:19)

Funcionários Públicos que vendem o respeito, a honestidade na função pública em troca de míseros ou não míseros valores, colocando em risco não somente seu emprego, mas sua honra

Outros mais que em busca de uma maior quantia de restituição de renda colocam em sua Declaração de Imposto de Renda notas frias a pretexto de que o Governo também nos rouba.

Famílias (pais e mães) que vendem a responsabilidade de educar seus filhos à babá, a secretária, a vizinha, a uma creche... esquecendo-se que há responsabilidades intransferíveis. Filhos que vendem a honra de seus pais quando desobedecem deliberadamente a eles, desrespeitando, se insubordinando, agredindo (moral e fisicamente) e tratando-os pior do que os estranhos. Honra a teu pai e a tua mãe, como o SENHOR teu Deus te ordenou, para que se prolonguem os teus dias, e para que te vá bem na terra que te dá o SENHOR teu Deus. (Deut. 5:16)

No entanto, milhares ou milhões de pessoas a todo o momento, estão vendendo suas almas para o mundo como sistema alienado de Deus e controlado pelo Maligno. Esses homens e mulheres, jovens e adolescentes que deliberadamente resolveram viver uma vida separada de Deus, totalmente alienado dEle, quando se entregam as mais variadas formas de tentação, vida livre e descompromissada, anti-religiosa, buscando sempre o prazer, prazer e prazer, e que para poder usufruir de tudo o que o mundo maligno oferta, é preciso dar algo em troca: a alma. Por essa razão Jesus perguntou certa vez: “Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Mateus 16.26).

Não venda suas virtudes, não se venda, não venda sua alma!

José Vaneir Soares Vieira

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