quinta-feira, 16 de setembro de 2010

[O Alpinista e a Grande Montanha]

Uma pequena alegoria sobre a salvação

Por: Evangelista Cristina


Era uma vez um homem comum, que morava em um local comum, tinha
uma vida comum mas que, um belo dia, teve um desejo um tanto incomum: subir uma grande montanha que havia em sua terra e que, diziam os antigos moradores do local, seu cume chegava até os céus.

Não era um desejo fácil de se realizar, uma vez que a montanha em questão
era tão alta e imponente que causava medo na maioria das pessoas.

No entanto, a despeito disso, de todas as partes do mundo vinham pessoas
para tentar escalar a montanha, para chegar em seu ponto mais alto.

Os motivos para empreender tão grande aventura eram os mais variados:
alguns, despertados pela cobiça, ouviram dizer que lá em cima havia um
grande tesouro que tornaria qualquer um a pessoa mais rica de toda a terra. Outros acreditavam que lá no alto encontrava-se uma árvore que poderia curar
as suas enfermidades. Outros ouviram dizer que quem chegasse lá, depois das nuvens, poderia ter todos os seus desejos atendidos pelo Ser que lá habitava. Outros queriam subir apenas para se tornarem famosos. Outros, ainda, só estavam querendo fugir da rotina, participando de um clube de alpinistas.

Nosso herói (vamos chamá-lo de Alpinista), no entanto, queria subir a
montanha por causa de um motivo bem diferente e até estranho os olhos
dos demais: ele ouviu os antigos dizerem que lá no alto havia um Ser de
grande beleza, bondade e luz e que habitar em Sua Presença era a maior
dádiva que um ser humano poderia obter em toda a sua existência.

Foi movido pelo desejo de encontrar tal Ser que Alpinista começou os preparativos para subir a montanha, reunindo tudo o que acreditou ser
necessário para realizar a empreitada.

A primeira coisa que procurou adquirir foi um livro de instruções que o orientasse na subida. Como nada sabia da arte de subir montanhas vagou por vários lugares em busca de instrução até que acabou encontrando um livro
que prometia ser o mais novo e moderno guia de alpinismo. Feliz da vida
pelo achado Alpinista comprou imediatamente o livro, sem se importar
com o seu preço bastante elevado.

Pôs-se, então, a estudar o "guia" e, depois de lê-lo, resolveu praticar o que
havia aprendido, indo para o local da montanha onde o livro orientava ser
o melhor lugar para se começar a subida. Chegando lá, encontrou um caminho bem espaçoso e confortável e, vendo que uma grande multidão estava seguindo por esse "caminho", resolveu também ir por eles.
Afinal, era bem pouco provável que toda aquela multidão estivesse no
caminho errado, não é mesmo?

Nosso Alpinista, então, empreendeu sua caminhada pelo caminho do povo, seguindo o curso da multidão. No começo era só alegria. O caminho era cheio
de atrações e tinha do que havia de melhor no mundo para proporcionar aos caminhantes toda a sorte de "prazeres e delícias". No entanto, Alpinista
acabou notando que pouco progresso estava fazendo rumo ao topo da
montanha e que, ao que lhe parecia, estava andando em círculos.

Depois de muito tempo seguindo por este caminho, vendo pessoas caindo, ouvindo promessas que não se cumpriam, sentindo cansaço, frustração e um vazio no coração, nosso herói percebeu que todos os que estavam seguindo por essa estrada não chegavam a parte alguma, muito menos ao alto da montanha.

Decepcionado e triste Alpinista retornou ao sopé da montanha, já pensando
em desistir da sua grande aventura. Realmente, ele já estava iniciando o
seu caminho de volta para sua casa, para o seu passado, não crendo ser
possível atingir o seu objetivo de conhecer o Ser maravilhoso que habitava
no alto da montanha, quando encontrou pelo caminho um velho homem de trajes simples, com fios da cor dos céus em suas orlas, que trazia a Palavra da Verdade atada em sua mão e entre os seus olhos, e que lhe dirigiu a palavra:

ANCIÃO: - Jovem, de onde vens e para onde vais?

ALPINISTA: - Venho da inútil tentativa de subir essa grande montanha e
estou voltando para a minha vida de antes de pensar em empreender
esta tão louca aventura!

ANCIÃO: - E por que está desistindo assim tão facilmente?

ALPINISTA: - Facilmente? O senhor não tem idéia de quanto tempo
perdi tentando alcançar o topo desta montanha só para perceber,
no final, que esta tarefa é impossível aos homens.

ANCIÃO: - Ah, isto é verdade: os homens sozinhos não podem chegar ao
alto da montanha e conhecer o Ser que lá habita.

ALPINISTA: - Então o senhor concordar comigo de que a melhor coisa
que eu tenho a fazer é deixar de lado esta aventura e voltar para
minha antiga vida?

ANCIÃO: - Não, pelo contrário, eu disse que tal jornada é impossível aos homens mas, no entanto, gostaria que soubesses que o Senhor da Montanha
tem um desejo muito forte que todos os homens venham a conhecê-lo e,
por isso, proveu uma forma de alcançá-lO.

ALPINISTA: - Mas como? Já fiz de tudo para isso! Li o que há de melhor
e mais moderno sobre métodos de alpinismo e não cheguei a lugar algum.

ANCIÃO: - Você disse métodos novos e modernos?

ALPINISTA: - Sim, foi isso que eu disse... Por que?

ANCIÃO: - Porque aí está o motivo do vosso fracasso:
a busca pela novidade.

ALPINISTA: - Não entendi!

ANCIÃO: - Eu explico. Está escrito no verdadeiro Guia do Alpinismo:
...nada há de novo debaixo do sol...; e ainda: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai
pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele...

ALPINISTA: - O que isto tudo que dizer?

ANCIÃO: - Que a resposta não está em "novos Guias" e sim no antigo
e único Guia dado pelo Senhor da Montanha a todos que pretendem
seguir pelo Caminho da Verdade.

ALPINISTA: - E acaso o senhor teria um exemplar deste Guia que
pudesse me conceder?

ANCIÃO: - Sim, claro. Trago sempre um comigo, além do que levo em
meu coração, para oferecer a alguém que deseje escalar a montanha.

Dito estas palavras o velho homem entregou ao jovem Alpinista o Guia do Alpinismo, o qual nosso herói passou a desfolhar avidamente.

Querendo recuperar o tempo perdido Alpinista foi logo para o final do Livro, tentando encontrar o resumo de suas instruções. Nem bem começou a ler as palavras finais do Guia e ele ouviu a sábia orientação do velho homem:

- Não vá direto para o fim do Livro, já que não é aí que ele se inicia. Leia primeiro as suas páginas iniciais, pois é lá que você vai aprender onde fica o início do caminho e como permanecer nele.

Grato pela orientação do ancião Alpinista começou a ler o Guia pelo seu
início e, comparando-o atentamente com a base da montanha, nosso
herói encontrou uma estreita trilha na rocha, que era desprezada por todos, devido a sua quase total ausência de beleza, como estava escrito no Livro.

Notou também que, apesar deste Caminho ser todo na vertical, havia uma
série de ganchos presos na Rocha, deixados pelo Senhor da Montanha, que
ele poderia utilizar, se ligando a eles, como auxílio durante a subida.
Tão feliz em encontrar tais ganchos, nosso herói procurou no mapa da
subida que havia no Livro se havia alguma referência a eles.
Seus olhos brilharam de alegria quando viu que o Autor Livro se referiu a
esses ganchos diversas vezes ao longo de Sua Instrução, chamando-os de "Conexões" (plural de "Conexão"), e que eles tinham o poder de ajudá-lo
a permanecer no Caminho.

Alpinista, então, começou a percorrer o Caminho, confiando firmemente
nas Palavras do Autor do Livro, que lhe garantiam não só a certeza de
chegar ao fim de sua jornada, como também o Auxílio necessário para tanto.

Com agradável surpresa o Alpinista descobriu que o Senhor da Montanha requeria dele apenas que ele continuasse confiando nEle em todo o Caminho e que ele obedecesse Suas Instruções conforme estavam escritas do início ao fim do Guia, sem acrescentar ou retirar algo delas.

E a confiança e a alegria de Alpinista se tornaram ainda mais forte quando ele
leu no Guia que o seu Autor, o próprio Senhor da Montanha, por amor a nós, havia descido da montanha para nos ensinar a subi-la. Ao ler tal relato nosso herói creu de todo o seu coração que chegaria enfim ao fim de sua jornada
pois o amor do Altíssimo iria suntentá-lo por todo o Caminho rumo ao Alto.
E assim foi...

Irmãos, esta pequena reflexão foi escrita apenas com o objetivo de ilustrar de uma forma bem simples o processo que
envolve a nossa salvação. Ela ilustra o fato de que somos salvos pela fé/confiança em Yeshua e nossa permanência nEle,
em Seu amor, se dá pela nossa obediência a Seus mandamentos, conforme Ele mesmo nos instruiu:

Se guardardes os meus mandamentos , permanecereis no meu amor, do mesmo modo que tenho
guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no Seu amor. (João 15:10)

Minha esperança é que o SENHOR ETERNO se agrade em utilizá-la como instrumento para que o Seu Espírito Santo
possa conduzir aqueles que estão buscando a verdade, ou mesmo iniciando a caminhada, a conhecer Yeshua
e confiar em Sua Palavra.


As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem;
Eu lhes dou a vida eterna, e jamais morrerão; e ninguém as arrebatará da minha mão. (João 10:27,28)

0 comentários:

Postar um comentário

Template - Dicas para Blogs